Tanto o conceito que associa a segurança ao Estado, quanto as definições excessivamente amplas de segurança humana não respondem à ampla variedade de riscos circunstanciais e estruturais enfrentados por milhões de pessoas. Paralelamente, os avanços tecnológicos que sempre estiveram associados à ideia de progresso e avanço social apresentam sérios desafios, alguns deles vinculados à segurança.
A crise ambiental, o controle social por meio da digitalização, o movimento internacional de fundos ilícitos e a capacidade de criar caos social e econômico por meio de ciberataques são algumas das consequências, indesejadas pela maioria dos cidadãos, do uso dos avanços tecnológicos e científicos com escasso debate social e controle democrático.
O terceiro congresso da Rede Latino-americana de Segurança Inclusiva e Sustentável tratará destas e outras questões sob uma perspectiva crítica. Dentre os assuntos propostos estão os limites e desafios do campo da segurança, além da análise das políticas direcionadas a “securitizar” problemas sociais e o os vínculos entre o uso não democrático e, em certas ocasiões, destrutivo, da ciência, da tecnologia e da insegurança.
Serão abordadas questões relativas à relação da crise ambiental com os conflitos sociais violentos, a macro urbanização, as migrações e o crime organizado. Ainda, serão tratados os desafios que a digitalização traz para a região e as limitações atualmente enfrentadas pela governança da cibersegurança. Além disso, serão apresentados os avanços dos trabalhos e projetos sobre apoiados pela Fundação Friedrich Ebert.