19.09.2022

Chamada pública do livro Periferias no Plural tem inscrições prorrogadas

Participe do edital e tenha seu texto publicado em livro organizado pelo Projeto Reconexão Periferias.

O projeto Reconexão Periferias, da Fundação Perseu Abramo, em parceria com a FES-Brasil, está com chamada pública aberta para seleção de textos que serão publicados no livro Periferias no Plural.

O livro busca colocar no centro do pensamento sobre as “periferias” as noções enunciadas pelos próprios sujeitos que se apresentam como periféricos, problematizando quais são os fatores que os tornam periféricos e quais são as potências e formas de reexistências que elaboram a partir desses lugares.

Para isso, a chamada selecionará 15 textos, remunerados com R$750 cada, a partir dos eixos abaixo: 

 Periferias econômicas: Compostas por pessoas e grupos em que as oportunidades de trabalho, emprego e renda são insuficientes, limitadas às condições de subsistência ou não garantidoras de direitos básicos.

Periferias itinerantes: Grupos que não têm localização fixa e vivem em condição de itinerância, seja por questões culturais - como circos e povos ciganos - seja pela falta de acesso à terra e moradia - como movimentos de luta por terra e moradia que fazem ocupações. Em ambos os casos, são afetados pela marginalização territorial e política e pelas desigualdades decorrentes das relações de poder que implicam tanto questões de reconhecimento como de redistribuição.

Periferias urbanas: Aquelas resultantes de processos e políticas de gentrificação e segregação territorial que transferem a população mais pobre para regiões remotas, precárias e sem infraestrutura, dando origem às favelas e às comunidades populares localizadas nas margens das cidades.

Periferias no centro: as comunidades e grupos que ocupam os territórios nomeados como "centro" por grupos hegemônicos, muitas vezes resistindo à especulação imobiliária, às ameaças de destituição de suas moradias e à violência do Estado. Podem ser lugares de moradia ou um espaços culturais e/ou políticos.

Periferias rurais: Moradores do campo que, independente de possuírem a propriedade da terra, desenvolvem atividades econômicas para comercialização ou subsistência encontram-se fora dos perímetros urbanos, como agricultores familiares, campesinos.

Periferias de povos e comunidades tradicionais: O Estado brasileiro reconhece 29 tipos de povos e comunidades tradicionais em território nacional e os define como “grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição” (Decreto 6.040, 2007). São grupos que possuem um vínculo histórico e constitutivo com a terra, e possuem sua existência ameaçada quando a propriedade da terra é violada, a exemplo de povos indígenas e quilombolas.

Periferias (in)visíveis: Embora visíveis, são invisibilizadas e sua condição naturalizada pela sociedade, como territórios ocupados por pessoas em situação de rua (pontes e calçadas) e conglomerados de dependentes e usuários das drogas criminalizadas (como a Cracolândia).

Periferias globais: Territórios nacionais e/ou continentais que ocupam posição econômica e social desigual em relação a outros países e que têm pouca incidência sobre a política internacional.


Atenção: os artigos devem ser inéditos e o prazo de envio é até 16/10.

Para participar, envie o artigo para periferias(at)fpabramo.org.br.

>>>Acesse o edital completo, aqui.