21.08.2023

Direitos Humanos e Democracia: Construindo um país mais humano

FES-Brasil apoia atividades durante semana de encerramento da exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência, em cartaz até o dia 27

Do dia 23 a 27 de agosto, o Memorial da Resistência promove, em parceria com a FES-Brasil, a Semana de Direitos Humanos e Democracia: Construindo um país mais humano, uma semana de reflexões, visitas e encontros, debatendo os caminhos para construir um futuro mais democrático e igualitário. A semana acontece em ocasião do encerramento da exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência, em cartaz até o dia 27.

O Memorial da Resistência de São Paulo é, no país, o maior museu de história dedicado à memória política das resistências e da luta pela democracia, e tem como missão a valorização da cidadania, da pesquisa e da educação em direitos humanos a partir de uma perspectiva plural e diversa sobre o passado, o presente e o futuro.

A partir da programação, o Memorial amplia o seu conceito de resistência, acolhendo múltiplas experiências, ouvindo diferentes vozes e construindo, em diálogo com a sociedade, respostas para a pergunta: o que é resistir no Brasil?

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Confira a programação completa:

Visita mediada acessível em Libras na exposição de longa duração

  • 23 de agosto | 10 horas | Exposição de longa duração (térreo)
  • Visita mediada acessível na exposição de longa duração do Memorial com grupo de pessoas surdas. Para potencializar a aprendizagem dos conteúdos, serão utilizados de materiais multissensoriais elaborados de acordo com as especificidades do grupo. A visita contará com tradução português/Libras.

Visita mediada acessível na exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência

  • 24 de agosto | 14 horas | Exposição temporária (3º andar)
  • Visita mediada acessível na exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência com grupo de pessoas com deficiência intelectual. Para potencializar a aprendizagem dos conteúdos, serão utilizados de materiais multissensoriais elaborados de acordo com as especificidades do grupo.

Cine Resistência: O Dia Que Durou 21 Anos e roda de conversa

  • 24 de agosto | 14 horas | Auditório do Memorial da Resistência
  • O Memorial apresenta o documentário O dia que durou 21 anos (2013), com roteiro e direção de Camilo Tavares. Partindo de documentos secretos e gravações originais da época, o filme destaca a participação a influência do governo dos Estados Unidos no Golpe de Estado no Brasil em 1964, com especial atuação da CIA e da Casa Branca. Logo após a exibição do longa, será realizada uma Roda de Conversa com Aton Fon Filho, e com o diretor Camilo Tavares.
  • Convidados:
  • Aton Fon Filho: Diretor jurídico da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos.
  • Camilo Tavares: Diretor e Roteirista, Camilo Tavares exibiu em TV aberta os filmes documentários de cunho socioambiental. Em 2011 ganhou o prêmio de finalização do Pac Secretaria de Cultura/SP que resultou no longa metragem documentário “O dia que durou 21 anos”.

Visita mediada na exposição de longa duração

  • 25 de agosto | 15 horas | Exposição de longa duração (térreo)
  • Visita mediada pelos educadores do museu na exposição de longa duração, com abordagem fundamentada nos eixos temáticos como Direitos Humanos, patrmônio, resistência e repressão.

Visita mediada na exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência

  • 25 de agosto | 16 horas | Exposição temporária (3º andar)
  • Visita mediada pelos educadores do museu, com abordagem dos eixos temáticos da exposição.

Uneafro convida: Jovens Promotores de Direitos Antidiscriminatórios – Experiências negras na Ditadura Civil-Militar

  • 26 de agosto | 10h30 | Auditório do Memorial da Resistência (5º andar)
  • Palestra promovida pela Uneafro com foco na atuação dos movimentos negros na época da Ditadura Civil-Militar, décadas de 60, 70 e 80. O projeto Jovens Promotores de Direitos Antidiscriminatórios tem como objetivo potencializar 30 jovens de 15 a 29 anos engajados na Uneafro Brasil, para serem líderes na luta contra o racismo e na promoção da igualdade.
  • Convidada
  • Gabrielle Abreu: Historiadora formada pelo Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IH/UFRJ) e Mestra em História Comparada pelo Programa de Pós-Graduação em História Comparada da mesma universidade (PPGHC/UFRJ). Atua como Coordenadora da área de Memória, Verdade e Justiça do Instituto Vladimir Herzog. Desenvolve pesquisas voltadas para a reconstituição de trajetórias de indivíduos e coletivos negros outrora alijados das narrativas da historiografia clássica, especialmente no âmbito da História da ditadura militar brasileira.

Coleta Pública de Testemunhos: Memórias do Futuro – Lésbicas e Negras

  • 26 de agosto | 14 horas | Auditório do Memorial da Resistência (5º andar)
  • Em celebração ao mês da Visibilidade Lésbica, faremos uma Coleta Pública de Testemunhos com convidadas sobre lesbianidade e racialidade. A atividade é parte do programa Coleta Regular de Testemunhos, é uma ação permanente do Centro de Pesquisa e Referência do museu voltada à compreensão das experiências de resistência e repressão no estado de São Paulo, no contexto das ditaduras brasileiras. A atividade integra também a programação da Semana do Orgulho e Visibilidade Lésbica promovida pelo Museu da Diversidade Sexual e Sesc 24 de maio, em parceria com o Memorial da Resistência, Acervo Bajubá, Arquivo Lésbico Brasileiro, Cine Sapatão, Gaavah e Museu Judaico.
  • Convidadas:
  • Ariana Mara da Silva (mediação): Sapatão e pesquisadora do Acervo Bajubá. Doutoranda em História pelo Programa de Pós Graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC (2020), Mestra em Estudos Interdisciplinares Sobre a Mulher pela Universidade Federal da Bahia – NEIM/UFBA (2019).
  • Lúcia Castro: Mulher negra lésbica, religiosa de matriz africana, jongueira, produtora cultural. Atua na defesa dos direitos humanos nos seguintes movimentos sociais: LGBTQIAP+, Cultura Popular, Movimento de Mulheres Negras e Movimento Negro. É fundadora do Coletivo Aos Brados!! A vivência digna da sexualidade” e do jornal “Aos Brados”. É uma das fundadoras da Parada LGBTQIAP+ de Campinas.
  • Mara Lucia da Silva: Socióloga formada na FESP-SP Fundação Escola de Sociologia e Política, tendo como tema de trabalho de conclusão a Lei 10.639/03. Participou do Bloco Afro Ilú Obá de Mim de 2005 a 2009, da criação do Bloco Kazungi, da Marcha Mundial das Mulheres, e da construção do 1ª Marcha de Mulheres Negras. Participa do Samba Negras em Marcha e é funcionária Pública Estadual na área da saúde.

Encerramento da exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência

  • 27 de agosto | 15 horas | Exposição temporária (3º andar)
  • Apresentação do Sarau das Pretas e roda de conversa aberta ao público para discutir a importância da luta antirracista, refletir sobre a memória documental dos movimentos negros e celebrar o sucesso da mostra ao longo dos seus mais de doze meses em cartaz.
  • Convidados:
  • Mário Medeiros (mediação):Docente na UNICAMP, possui graduação em Ciências Sociais (2003), mestrado em Sociologia (2006) e doutorado em Sociologia (2011) pela mesma Universidade. É Diretor Adjunto do Arquivo Edgar Leuenroth – AEL/Unicamp. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Teoria Sociológica, atuando sobretudo com as temáticas Pensamento Social Brasileiro, Literatura e Sociedade e Intelectuais Negros. Foi curador da exposição Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência, do Memorial da Resistência.
  • José Abilio Ferreira: Escritor com livros e textos publicados no Brasil e no exterior, sendo um dos 100 autores estudados na antologia crítica Literatura e afrodescendência no Brasil, publicada em quatro volumes pela editora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2011.
  • Cibelle de Paula: Formada em Pedagogia e História e Especialização em História da África e do Negro no Brasil. Lecionou no Núcleo da Educafro como professora voluntária. Integrou o Projeto Jovens Mulheres Negras, organizado pela ONG Ação Educativa em 2018. Atua como pedagoga há nove anos na Rede Municipal de Educação de São Paulo. Compõe o Bloco Afro Ilú Obá De Min desde 2010.
  • Suelen Girotte do Prado: Coordenadora do Centro de Documentação e Memória Institucional de Geledés. Historiadora, doutoranda em História Social (PUC/SP) e autora do livro: “Caminhos que levam a Geledés, narrativas de autonomia através da organização de mulheres negras em São Paulo”.