28.11.2023

O que esperar da Presidência Brasileira do G20?

Especialistas debatem o papel do Brasil na construção de um futuro mais justo e sustentável

O Brasil está se preparando para assumir, pela primeira vez, a presidência do G20 em 1º de dezembro de 2023, com o mandato se estendendo até 30 de novembro de 2024. O decreto que estabelece a Comissão Nacional para a Coordenação da Presidência Brasileira do G20 já foi emitido. Essa comissão terá a responsabilidade de organizar as numerosas reuniões do grupo, que ocorrerão em diversas cidades do Brasil ao longo de 2024. Adicionalmente, o Brasil convidou o Paraguai e o Uruguai a participarem da presidência do G20, formando assim uma "presidência Mercosul" junto com a Argentina.

O G20 é considerado o "principal fórum global de diálogo e coordenação sobre temas econômicos, sociais, de desenvolvimento e de cooperação internacional", de acordo com comunicado do governo brasileiro. Nessa mesma nota, seguindo a abordagem de presidências anteriores, a diplomacia brasileira vê essa oportunidade como única para o Brasil apresentar seus atributos, credenciais e prioridades de políticas públicas e relações externas nas áreas de atuação do grupo. No entanto, apesar de sua imensa relevância global, o Grupo tem enfrentado desafios em termos de acordos concretos em questões cruciais da governança global, como mudanças climáticas, pandemias/saúde, crises econômicas, reforma do multilateralismo e conflitos, como a guerra na Ucrânia.

Sob o lema "Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável", o Brasil se compromete a impulsionar três áreas/forças-tarefa alinhadas com a agenda de sua presidência: (i) combate à fome, pobreza e desigualdades; (ii) desenvolvimento sustentável nas dimensões econômica, social e ambiental; (iii) governança internacional, com foco nas reformas do Banco Mundial, FMI, OMC e ONU.

A questão que surge é: de que maneira a presidência brasileira do G20 pode contribuir para alcançar os objetivos da política externa brasileira, considerando o atual contexto de mudanças geopolíticas, transição econômica, fragilidade das democracias, crescentes desigualdades sociais e crises climáticas e ambientais?

E mais: o governo brasileiro se concentrará em ser uma "vitrine" ou buscará resultados específicos nos principais temas de debate internacional atualmente? Qual deveria ser a contribuição do Brasil para o sistema internacional durante a presidência do G20? O Brasil será porta-voz de uma agenda exclusivamente brasileira ou representará o "Sul Global"? Como se posicionará em relação ao "Norte Global" (EUA, Europa, China)?

Essas e outras perguntas serão respondidas por especialistas que discutirão o papel do Brasil na construção de um futuro mais justo e sustentável.

  • Data: 30/11, às 10h
  • Local: Sala de Atos, Instituto de Relações Internacionais, UNB, Campus Universitário Darcy Ribeiro – Asa Norte – Brasília/DF
  • Ao vivo no youtube.com/fesbrasil

Participam:

  • Antônio Jorge Ramalho (UNB)
  • Pedro Bocca (ABONG/C20)
  • Tatiana Berringer (Coordenadora na Trilha das Finanças do G-20, Ministério da Fazenda)
  • Marta Fernández (PUC-Rio)
  • Valter Pomar (SRI FPA)
  • Flávio Pazeto (Coordenador geral do G20)

>> Inscrições pelo ZOOM

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